Do latim seminare, semear é espalhar sementes para que germinem. E o que funciona com sementes, funciona bem com ideias e com marcas também, pois todas podem cair pelo caminho e se perder; sobre a pedra e secar; nos espinhos e se asfixiar; ou na boa terra e frutificar — boas safras e bons negócios.
As marcas vivem de propalar, publicar, causar, fomentar, produzir, promover, alastrar. Dependem do momento certo e das pessoas certas para que possam, em mentes e corações férteis, entrar e brotar. Uma vez enraizadas, crescem em forma de desejo, que se transforma em consumo, que pode virar um hábito. Um lindo pé de hábito, plantado dentro de você e que serve para vinculá-lo a tudo o que tem relevância no seu mundo: da site de uma religião à embalagem de certo tipo de sabão.
O semeador das marcas, chamado de brand seeder, tem como missão cuidar deste plantio, alternando o território e as culturas para gerar mais frequência, mais cobertura e mais resultados. Quanto maior a plantação, maior a sua remuneração, o seu status, a sua reputação. Em linhas gerais é assim: se o embaixador da marca a representa e o advogado de marca a defende, é o brand seeder quem a multiplica. Segundo pesquisas, a grande recomendação de consumo de marcas não se dá na propaganda, nas promoções e nos eventos, mas sim no boca-a-boca, no word-of-mouth. Isso porque as pessoas confiam em pessoas com quem estabeleceram laços emocionais e redes de confiança, reais ou virtuais. Uma vez envolvidas, endossam estas marcas em seus grupos de influência, que ativam outros grupos de influência e assim por diante, ampliando a área de cultivo e criando um ambiente propício à experimentação.
Fica a dica: em se plantando tudo dá, mas quem semeia vento, colhe tempestade. Parafraseando Lucas, o bíblico, quem tem ouvidos para ouvir, ouça. E quem quiser multiplicar, multiplique. Os brand seeders agradecem.